A funcionária
é Adriana Leineker,
esposa de jornalista do Estadão, que faz cobertura do STF
O presidente do Supremo Tribunal Federal
(STF), ministro Joaquim Barbosa, pede demissão de servidora, por ser mulher de
jornalista, na última quarta feira (02), alegando ser uma situação “antiética”.
A esposa do jornalista trabalha no gabinete de Lewandówski desde o ano 2000 e
tem conduta ilibada, não apresentando nenhum episódio de má gestão.
O jornalista não citado no ofício de Barbosa é Felipe
Recondo, que atua no jornal “O Estado de S.Paulo” desde 2007, fazendo cobertura
do Poder Judiciário, trabalhando inclusive no processo do Mensalão. Recondo
venceu o prêmio Esso de jornalismo de 2012, devido também uma das suas
reportagens ‘Farra Salarial no Judiciário’.
O atrito entre ministro e jornalista se deu em março deste
ano, justamente pela sua reportagem com parceria de Fausto Macedo, em que o
Estado fez solicitação de cunho legal, para apuração de fontes e
desenvolvimento da matéria. Isso levou Barbosa a chamar o jornalista de
“Palhaço”, o mandando “chafurdar no lixo”. Após essa situação, presidente do
STF pede desculpas ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), atribuindo
a agressão ao seu cansaço.
Segundo Cinthia Araújo, estudante do 4º ano de direito da
Universidade São Judas Tadeu, a atitude do Presidente do STF é incoerente.
“Esse tipo de atitude fere a liberdade individual da servidora, enquanto
cidadã, acho que isso é uma discriminação, pois a vida pessoal não se relaciona com a
profissional”.
Ricardo Lewandówski se recusa à demitir sua servidora,
afirmando que ofício de Barbosa é insensato, pois não há motivo concreto para
tal atitude, alegando que não houve nenhum episódio desta relação conjugal que
afetasse seu trabalho.
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